quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Morrer de Pé ou Viver Acocorado?

A SIC transmitiu Segunda-feira uma reportagem Inglesa sobre o caso Maddie... Mais uma vez a dignidade da nossa polícia Criminal, e portanto do próprio país, sofreu uma pública e internacional calúnia, através de falaciosos argumentos que assim demonstram, de modo inequívoco, não ser a busca da verdade o real objectivo jornalístico...

Relembre-se, por exemplo, a reiterada referência ao facto do não isolamento do suposto local do crime (para evitar contaminação da recolha do material de prova) ao que a Polícia Judiciária bastas vezes esclareceu que quando alertada, várias horas depois da ocorrência, se deparou com uma pequena multidão no referido local da ocorrência dos factos, o que leva a concluir que eventual destruição de provas ocorreria de facto pela gestão dos acontecimentos por parte dos pais da criança desaparecida e não por inépcia da polícia portuguesa.

Culminando uma constante, e muito comentada, campanha de contornos políticos mal explicados, em que insidiosamente Portugal e as suas instituições saem humilhadas pela tradicional arrogância Britânica (cujo sucesso da sua Polícia, apesar da comparativa desproporcionalidade de meios relativamente à PJ não tem correspondente sucesso) a exigível resposta de estado, a existir, não tem sido audível… Diz o povo que quem não se sente não é filho de boa gente, e como cumpre ao Governo, o zelo pela dignidade/soberania da nação, parece que algo está a falhar nesta matéria.

Quando um responsável da PJ se sente incomodado, ofendido, na sua estrutura moral/profissional e humanamente reage (desconheço, e não parece crível ter acontecido, qualquer posição das autoridades inglesas às condutas dos Macann e média britânicos no modo sobranceiramente descortês como avaliam a investigação das autoridades portuguesas) tal só pode merecer natural compreensão e apoio, e simultâneo lamento pois a defesa da Nação deveria assumir-se no topo e não na base.

Ver um competente profissional (caso contrário não teria as incumbências que lhe foram superiormente atribuídas) ser punido por um suposto delito de opinião, ou então o timming do seu afastamento denota alguma inépcia, permite questionar se do ponto de vista dos profissionais que dão o seu melhor não poderá configurar-se mentalmente a pergunta: “Valerá a pena?”; Não causará dano no corpo da instituição punir quem pretendeu defendê-la?

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