segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Justiça Brutal Em Nome da Biologia

Semana invulgarmente rica... Primeiro a entrevista de Catalina Pestana, "Casa Pia continua", mostrando a singular capacidade de nos superarmos na mediocridade... Demolidora foi a afirmação de que se algum dos seus netos fosse vítima de violação aconselharia ao não procedimento criminal... É que em casos tais, o estado faz ainda pior...

Recomeça hoje em Monção o julgamento da mãe de Sara... «No início do julgamento, a mulher, 24 anos disse que ficou "nervosa" porque a filha entornou o leite do biberão e sujou a roupa. Por isso, quis dar-lhe "um pontapé no rabo", mas a menina "virou-se de repente", acabando por ser atingida no abdómen.

Sara estava referenciada desde 2005 pela Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Risco (CPCJR) de Viseu, distrito de onde os pais são naturais, mas apenas por negligência familiar, não havendo quaisquer indícios de maus-tratos.

Entretanto, em meados de 2006, os pais foram viver para Monção e a CPCJR "perdeu-lhe o rasto" até 4 de Dezembro, dia em que a educadora do infantário que ela começou a frequentar naquele concelho alertou para o facto de a menina aparecer na escola com hematomas no corpo e sempre "cheia de fome e mal agasalhada".»
(Clique aqui para ler artigo completo).

Onde está o Estado de Direito que sustentamos com os nossos impostos... Quem protege as Saras... Num processo de divórcio a Jurisprudência leva-nos a supor, com fundamento, que seria a mãe a ficar com
a custódia das crianças... Porquê? Porque por uma questão de facilitismo, o sistema continua priviligiar (ilegalmente e sem fundamento) a biologia.

Limita-se, violando a lei internacional e constitucional, a possibilidade dos menores em poderem ter família (pais e mães separados em situação de igualdade) o mais alargada possível ao privilegiar a progenitora... Porquê? Família mono parental não será um conceito que denota transgressão clara dos direitos da criança?

Cada vez mais se mostra adequada a venda nos olhos da "Senhora da Justiça"... Infelizmente a justificação é muito menos nobre do que aquela que nos tentam condicionadamente impor... Pura e acéfala cegueira.

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