terça-feira, 8 de julho de 2008

Relatório SEDES-Paulatina Decadência da Nação

Educação

Há um espectro que paira sobre sucessivas gerações de portugueses, um claro problema de eficácia. O país gasta em educação não-universitária mais que os seus parceiros europeus mas os resultados são paupérrimos e lançam-nos sistematicamente para os últimos lugares na Europa.

A recente polémica sobre os exames é mais um contributo para a descredibilização do sistema. A forma de organização e elaboração dos exames, desde há muito, não segue padrões técnicos internacionacionalmente aceites e a polémica repete-se todos os anos.

Este Governo iniciou um conjunto de reformas difíceis e urgentes: fecho de escolas com poucos alunos, introdução do inglês como língua obrigatória desde o início da escolaridade, estabilização do corpo docente, controle de custos, avaliação de desempenho dos docentes, envolvimento das autarquias e dos País na gestão das escolas, etc.

Embora a titular da pasta se tenha mantido, nota-se uma perda de fôlego relativamente aos primeiros tempos, com as últimas reformas a aparentar não terem passado de intenções. A confirmar-se, o espectro continuará presente e o fosso agravar-se-á.

Só através da dotação de conhecimentos habilitantes num mundo competitivo, se pode promover eficazmente a ascensão social, pelo que uma educação competente é o melhor, senão mesmo o único, meio de libertar duradouramente as pessoas da pobreza e das limitações da sua origem social. Por isso as atitudes de complacência e de rebaixamento dos padrões de exigência que têm dominado, nas últimas décadas, o nosso sistema de ensino são, no fundo, os melhores meios para tornar os pobres mais pobres e para perpetuar a sua situação de dependência. E não há nenhum discurso socializante que, por si só, inverta esta realidade.

(ler original aqui)

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