sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Tiros no Pé!

A ministra da educação soma e segue... Porque carece de humana urbanidade adjectivar negativamente quem o merece por sofrer de confrangedora menoridade, diga-se apenas que maria de lurdes rodrigues é insuperável em surpreender pela negativa... "Não chumbem as nossas crianças, elas não são diferentes das dos outros países... reprovar é o mais fácil".

Se a dita sra. tivesse aquele
mínimo bom senso cartesiano, se atingisse um patamar mínimo de exercício mental, perceberia que a sua mensagem pode ser entendida (mesmo que não fosse sua intenção) como afirmação de que o sucesso se atinge sem esforço, basta boa vontade dos professores... Mas pedir isto à sra. ministra deve ser tarefa hercúlea.

Aliás, ela, pobre coitada, nem se apercebeu que ao dizer que as nossas crianças não são diferentes das de outros países esqueceu a variável, se calhar mais importante... É que as crianças dos outros países têm políticas educacionais, e ministros, sumamente mais competentes...

A pobreza mental de maria de lurdes rodrigues não atinge que já hoje se inverte a facilidade da reprovação (de que os professores são acusados) pela facilidade da aprovação.... Aliás, se a dita senhora percebesse alguma coisa de educação, e se preocupasse menos com estatísticas enganadoras, perceberia que os professores vêem com preocupação a existência de uma descida de nível na qualificação do nosso alunado, resultado das políticas praticadas, que tão chocante dislate corporiza.

É com apropriado propósito que nas Olimpíadas Ibero-Americanas da Matemática, em Coimbra, um Jovem
português, João Guerreiro, terceiro classificado, ao ser entrevistado pela TSF afirmou com madura inteligência que o problema da matemática tem a ver com o facto dos jovens não quererem trabalhar. É que a aprendizagem desta disciplina exige horas de treino diário e nem toda a gente está disposta a isso.

Seria bom que a ministra da educação aprendesse alguma coisa, para variar, com este rapaz de 17 anos. É que as palavras da sra. soam bastante a incentivo irresponsável a não trabalhar (a fazer lembrar políticos com habilitações académicas duvidosas) encapotado por suposta malvadez dos srs. professores os quais devem tornar-se em dóceis fazedores de boas estatísticas... A bem do governo, mas trágico para a pátria... Se é que isto preocupa quem nos desgoverna...


1 comentário:

Unknown disse...

Praticamente um tratado sobre as mil e uma maneiras de chamar estúpido a alguém.

Que subtileza!... hi hi

Abraço

Hélio.