sábado, 1 de setembro de 2007

Notas Soltas 2, Paixão da Educação, Versão sócrates e maria de lurdes rodrigues

Pois é, o líder foi dar computadores e diplomas a Elvas... Contrariando o seu habitual estilo, desta vez não gritou, tanto, claro, afirmando doutamente que "é preciso aumentar os índices de escolaridade" (entre outras tantas banalidades que toda a gente já sabe).

O caricato foi de seguida ter fugido quando questionado sobre 45.000 professores não colocados... É isso mesmo... Turmas a rebentar pelas costuras, demoras na substituição/colocação de professores, docentes sobrecarregados em final de ano lectivo com correcção de exames... Programas extensos aos quais alunos com necessidades educativas mais especiais necessitariam de atenção mais cuidada, taxas terceiro mundistas de abandono escolar... Contraditoriamente 45.000 professores vão ficar sem possibilidade de exercerem as suas competências...

Aliás... Que valor, que capacidade de convencimento, têm as palavras de preocupação do LÍDER, quanto aos baixos índices de escolaridade, quando a ministra de educação encolhe os ombros relativamente a mais de 45.000 docentes/licenciados no desemprego?
Qualquer um perguntaria com legitimidade: estudar então para quê? Perder tempo e dinheiro para ficar no desemprego? Só se for para ser desempregado, ou sem abrigo, erudito... Caramba como isso ficava bem nas nossas estatísticas...

Falta também explicação para o facto de o ministério da educação ter determinado critérios de menor exigência para a correcção dos exames do 12º ano tendo tal como consequência uma melhoria (distorcida) de resultados finais...

Mas somos ainda brindados com outra medida: a entrada na carreira docente vai exigir a realização de três exames com exigência de nota mínima de 14 valores.

À partida parece razoável mas... Então quem fará esses exames? Se o ministério tem dificuldade em realizar exames para jovens do secundário?... E se um candidato tiver um percurso académico notável? E não é verdade que há licenciaturas que integram estágio e formação pedagógica? Nesse caso vão realizar-se mais exames para avaliar o quê? Então as faculdades quando lançam fornadas de diplomados com respectivas classificações não são idóneas para as atribuirem?

Mais parece uma daquelas ideias peregrinas.... Mas a questão que me começa a surgir é: Quem avalia os nossos políticos? O engenhêro não deveria ter feito exame de engenheiro antes de assumir a pasta? Quando somos ostensivamente confrontados com comportamentos, e/ou dislates de menor dignidade dos nossos governantes, não lhes deveríamos exigir prestação prévia de capacidades?

veja-se o vídeo e perceber-se-á melhor a questão.


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